Com táticas avançadas de computação, criminosos criaram um vírus capaz de roubar informações financeiras confidenciais de clientes de mais de 60 instituições financeiras em atividade no Brasil. Uma vez instalado em celulares, computadores e notebooks, o “Coyote”, como foi batizado, monitora o acesso das vítimas a sites bancários específicos. A partir daí os criminosos conseguem até desviar transferências das vítimas para suas contas.
De acordo com o jornal O Extra, o novo vírus bancário sofisticado foi detectado pela Kaspersky, empresa especialista em ciber segurança. Ele é capaz até de tirar “prints” das telas dos usuários, sem nenhum tipo de pista aos afetados. Um dos principais objetivos é obter informações privadas das pessoas, como datas de nascimento, senhas de login ou chaves de acesso a aplicativos financeiros.
Em três anos, o número de ataques de trojans bancários quase dobrou, atingindo mais de 18 milhões em 2023. Isso mostra que os desafios de segurança on-line estão aumentando. A ascensão do “Coyote” nos lembra de ter cuidado e usar as defesas mais recentes para manter nossas informações importantes seguras — explica Fabio Assolini, chefe da Equipe de Pesquisa e Análise Global da América Latina da Kaspersky.
BRASIL É O MAIOR ALVO
Os hackers, com a utilização de estratégias elaboradas para evitar a detecção, como aplicação de métodos pouco conhecidos para entrega de vírus, instalam o programa nos aparelhos das pessoas. Os dados da Kaspersky identificam que cerca de 90% das infecções por “Coyote” vêm do Brasil, causando um grande impacto na ciber segurança financeira.
“O trojan não segue o caminho habitual com instaladores conhecidos: ele utiliza uma ferramenta relativa[1]mente nova chamada Squirrel para instalar e atualizar aplicativos da área de trabalho do Windows. Dessa forma, o ‘Coyote’ esconde seu carregador de estágio inicial fingindo que é apenas um empacotador de atualizações quando baixado”, destaca o relatório da companhia.