O mês de janeiro ainda nem chegou ao fim e já é considerado o mais chuvoso dos últimos seis anos no Ceará. Dados parciais da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) mostram que até esta quinta-feira, 27, o volume médio de precipitações no Estado havia chegado a 142,2 milímetros (mm). O índice é o maior desde de 2016, ano em que foram registrados 189,6 mm. Contudo, como restam quatro dias para o fim do mês, é possível que ainda haja crescimento do acumulado atual.
O cenário se mantém favorável para chuvas desde o começo do ano. As primeiras precipitações ocorreram no dia 2, em cerca de 87 municípios, entre eles Jijoca de Jericoacoara, que teve ruas destruídas e casas invadidas pela água devido à força da correnteza. De lá para cá, as águas de 2022 já banharam todas as 184 cidades cearenses. Na média, o acumulado registrado até agora supera em 30% a normal climatológica do mês, que é de 98,7 mm.
Ano passado foram registrados apenas 45,9 mm. Muito abaixo da média.
Segundo a Funceme, os volumes de chuva registrados em janeiro são positivos em todas as macrorregiões do Ceará. Os números são mais expressivos no Maciço do Baturité, que já acumula 210,8 mm, cerca de 119% a mais do que o esperado para o mês inteiro. O Litoral de Fortaleza e o Cariri também registraram bons volumes, com 192 mm e 186,5 mm, respectivamente. No ano passado, nesse mesmo período, não havia nenhuma região cearense com chuvas acima da média.