A seca voltou ao estado do Ceará, em todas as regiões após 27 meses, segundo o Monitor de Secas de outubro, elaborado no último dia 20 de novembro.
A situação não era vista desde julho de 2021, conforme o levantamento. O Monitor das Secas é um acompanhamento regular e periódico do cenário de seca, da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com a contribuição de Cenário já tem impactos na agricultura e nas pastagens cearenses, outras instituições governamentais, estando disponível para acesso em locais como o site da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).
Em 2021, o Estado vivenciou um baixo regime de chuvas que comprometeu o abastecimento dos açudes. O cenário só melhorou com a pré-estação chuvosa de 2022. Em julho do ano seguinte, a seca atingia 16% do território.
O agravamento da seca já é considerado um impacto da forte intensidade do El Niño, fenômeno climático caracterizado pelo aquecimento da superfície do Oceano Pacífico que traz efeitos negativos para o regime de chuvas no Nordeste brasileiro.
A edição de novembro do Painel El Niño 2023-2024, iniciativa da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), por exemplo, indica previsão de calor acima da média entre dezembro e fevereiro na maioria do Brasil. Nessa conjuntura, o Ceará já tem previsão de seca e possibilidade de um ‘super El Niño’ em 2024, conforme alguns pesquisadores, reverberando na temperatura, no regime de chuvas e no aporte hídrico dos reservatórios.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) também aponta que, para o Nordeste, a previsão é de um volume de chuvas menor para o período de janeiro a julho de 2024.
Com informações do Diário do Nordeste