Nos cinco anos após a morte da vereadora Marielle Franco, mais cinco assassinados entre pessoas ligadas ao crime e testemunhas e nenhum caso foi solucionado.
Em matéria hoje do ‘Estadão’, o jornal trás alguns desses casos. O caso mais recente é o do ex-vereador Jair Barbosa Tavares, conhecido como Zico Bacana. Ele foi morto a tiros na segunda-feira passada, no bairro do Guadalupe, zona norte do Rio, junto com seu irmão, Jorge Barbosa Tavares, e o garçom Marlon Correia dos Santos, que passava pela rua. A Polícia Militar informou que os disparos partiram de um veículo não identificado, parado em frente padaria onde estava Zico.
Em relatório da CPI das Milícias da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, entretanto, ele foi citado como chefe de grupos de milicianos. Em 2018, depôs na investigação da morte de Marielle.
Com o depoimento do réu colaborador Élcio Queiroz, no mês passado, veio a público o nome de uma pessoa envolvida no caso, que também foi assassinada. Edmilson da Silva de Oliveira, conhecido como Macalé, era sargento reformado da PM fluminense e teria dado apoio operacional ao ex-PM Ronnie Lessa para matar Marielle. Além disso, Queiroz relatou que Macalé intermediou a contratação de Lessa.
Suspeito de ter ligação com a contravenção no Rio, o policial foi morto a tiros, aos 54 anos, em 2021, na zona oeste da capital fluminense. Ele também teria sido responsável por entregar o carro usado na execução.
[1]O ex-policial militar Adriano Magalhães da Nóbrega morreu durante uma operação policial que visava à captura dele no município de Esplanada, na Bahia, em 2020. Capitão Adriano, como era conheci[1]do, foi apontado como chefe da milícia “Escritório do Crime” da qual, supostamente, fazia parte Lessa.
Hélio de Paulo Ferreira, miliciano que ficou conhecido como Senhor das Armas, foi morto em fevereiro deste ano, em uma área de disputa entre grupos paramilitares e traficantes na zona oeste do Rio. Ferreira foi ouvido pela Polícia Civil do Rio ainda na primeira fase da investigação da morte de Marielle. Ele foi citado como um dos comparsas do também miliciano Orlando Oliveira de Araujo, um ex-PM conhecido como Orlando de Curicica.
O quinto nome é o de Lucas do Prado Nascimento da Silva, conhecido como Todynho. Ele foi apontado pela Polícia Civil como o responsável pelas alterações feitas no documento do veículo utilizado no assassinato de Marielle e Anderson Gomes. Todynho foi morto em abril de 2018, menos de um mês depois da execução da ex-vereadora. Segundo a Polícia Militar, ele foi alvo de uma emboscada na Avenida Brasil, via que liga zona oeste, zona norte e centro do Rio.